Por que tem pernilongo no inverno?

Todos os estágios de vida de um mosquito reduzem a atividade metabólica no inverno devido, principalmente, à perda de energia causada pela manutenção da temperatura interna do corpo. No entanto, em alguns lugares a manipulação ambiental é tanta, que meios aquáticos poluídos e estag
ndelongasalcançam níveis de temperatura da água de 25a 35°C. Isso faz com que as larvas de mosquitos se proliferem de modo 'aconchegante' e 'quentinho', mesmo em dias de inverno. 

Quando as larvas se desenvolvem nessas condições, os adultos adquirem gordura no corpo e, consequentemente, maior reserva de energia interna para a sobrevivência no frio. Sob outro aspecto, em algumas regiões onde a amplitude térmica é muito assustadora, como na região sul do Brasil, a população de mosquitos é adaptada. São variantes moleculares capazes de expressar proteínas com a função de proteção do organismo contra as intempéries do clima. Esse processo é conhecido como 'resistência'. Em locais onde o frio é muito intenso, os mosquitos realizam diapausa, como forma de variação genética. Nesse caso, os imaturos mantêm a natureza no estado de dormência até que ocorra um possível favorecimento do clima para o desenvolvimento dos estágios de vida subsequentes.

Comentários

  1. Mirna Pinheiro de Abreu Coelho16 de setembro de 2010 às 09:18

    Prezada Sirlei, cheguei ao seu blog buscando informações sobre o mosquito Culex. Sou moradora da Vila São Francisco, próximo à Cidade Universitária, e estamos enfrentando uma infestação desse mosquito. Normalmente as pessoas associam mosquitos às chuvas, mas entendo que a estiagem e o calor excepcional desse inverno levaram à proliferação do mosquito no Rio Pinheiros. Pelo que entendi de seu trabalho, a aplicação de veneno no rio não é muito eficaz. Uma funcionária da COVISA me informou que a Prefeitura só faz dedetização em residências contra o Aedes aegypti, e se houver algum caso da doença na região. Gostaria de saber se você sugere alguma forma de combater o Culex. As pessoas tem usado espirais, venenos tipo SBP e até a raquete elétrica, mas todas as noites parece que os mosquitos se renovam, é fácil encontrar 20 mosquitos num dormitório a cada noite! Agradeço desde já qualquer orientação que vc possa nos fornecer. Um abraço, Mirna

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  2. Prezada Mirna, diferente do Ae aegypti, o Culex se prolifera em períodos de estiagem pela capacidade respiratória dos imaturos em sobreviver na água eutrofizada, ou seja, sem oxigênio e com muita matéria orgânica.
    Acredito que as prefeituras daqui não fazem controle do Culex em residências, devido à falta de registros e envolvimento deste em ciclos epidemiológicos de doenças na região. As medidas para o controle do Culex no rio Pinheiros dependem muito de obras de engenharia, no sentido de limpeza da sujeira na superfície e liberação do fluxo ao longo do canal do rio. Ações meramente mecânicas, que recuperariam a oxigenação e o movimento da água, tonando o rio ‘vivo’ novamente. Devido a sua complexidade, essas medidas são demoradas, pois de um lado tem a represa Bilings que abastece a cidade e, por enquanto, não pode receber essas águas e do outro tem o rio Tietê, q levaria a água e, pela falta de uma nascente, o rio Pinheiros poderia secar... Até onde sei, as primeiras medidas que estão sendo tomadas seria a canalização de esgoto nas laterais do rio, para posteriormente o canal ser aberto junto à represa Bilings.
    Para as pessoas que residem próximo às áreas de infestação de Culex, é necessário adaptar as aberturas com telas e também a aplicação de um inseticida com efeito residual, como o K-Othrine ou similares. Desse modo, se o mosquito conseguir entrar, ele fica sem direção pelo efeito repelente das paredes e móveis. Espero ter auxiliado. Um abraço, Sirlei

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  3. para que serve eles caranba

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