Fêmea de Culex quinquefasciatus sugando sobre a pele humana. Foto: Sandra Nagaki, SP

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dicas de proteção contra o Aedes aegypti

A casa deve estar protegida

O Aedes aegypti é vetor do virus da dengue, da febre amarela e de uma variedade de arbovirus silvestres. Este mosquito está presente em quase todas as cidades brasileiras e, além de ficar o dia todo atrás da gente pela casa, está picando também à noite com a luz acesa. Não é à toa que o Aedes é conhecido como 'tigre asiático' e até o Culex está assustado com a presença deste inimigo dentro das habitações, onde também este costuma fazer das pessoas as suas vítimas. Aqui, envio algumas dicas de proteção contra a presença e as picadas indesejadas deste tão temido mosquito.

A primeira providência é verificar aos arredores da casa se existem criadouros do mosquito, como materiais que acumulam água. Também a instalação de telas nas aberturas da casa ou pelo menos nas janelas dos quartos, mantendo a porta interna fechada. Muitas pessoas acham que somente controlar os criadouros potenciais seria suficiente, porém deixando de doar nosso sangue para alimento dos mosquitos também estaremos contribuindo para o controle: sem sangue as fêmeas não realizam novas posturas, não gerando descendentes!

Nesse caso é sugerida a desinsetização da casa com produtos sintéticos à base de piretróides. Esse principio ativo tem sido eficiente não só para repelir e matar mosquitos como para outras pragas que costumam aterrorizar as habitações humanas.



Uma dica é o K-othrine, vendido em mercados ou agropecuárias na forma pronto uso ou em pó diluível em água. Ambos são aplicados por borrifação nos cantos da casa, ralos e paredes. A casa deve estar bem limpa de resíduos e poeira e, após a aplicação, deve ser fechada por algumas horas a fim de intensificar a ação do produto sobre os possíveis alvos. Com isso, a casa fica protegida por três a quatro meses. Mas lembre-se: esse produto é um veneno sintético e deve-se ter cuidado no manuseio, usando calçado fechado, roupas de mangas, luvas e máscara, podendo esta ser de tecido de filtro. Também manter afastados os animaizinhos de estimação. O perigo é somente no momento da aplicação, pois quando está diluído e aderido à parede não possui toxicidade para os mamíferos.

Outra sugestão são os repelentes elétricos, que utilizam pastilhas ou líquidos com inseticidas sintéticos. Esses produtos são disponíveis no comércio, sendo que a sua ação no ambiente deixa o Aedes com o olfato insensível para os atrativos do sangue e sem direção. Assim 'tonto', além de não picar ele se torna um alvo mais fácil para as raquetadas!

Uma sugestão é o uso de repelentes na pele, podendo ser somente nas pernas, pois o Aedes voa baixo, fica embaixo das mesas e se direciona para as fontes mais próximas do chão. Existe no comércio uma variedade de opções, algumas delas com princípios ativos naturais como a citronela e outros cremes que não são oleosos ou alergênicos para a pele. Pode-se conversar com o farmacêutico sobre os princípios ativos menos tóxicos disponíveis no mercado.

Dica de repelente caseiro 

Para aqueles que não gostam de manusear inseticidas sintéticos, vai uma dica de repelente caseiro. Conhecido como repelente dos pescadores, esta receita incluída o óleo pode ser usada na pele, e sem o óleo pode ser utilizada para finalizar a limpeza da casa, tendo ação repelente.

1/2 litro de álcool
10 gramas de cravo da índia (2 colheres sopa)
100 ml de óleo de bebê
Obs.: o óleo de bebê pode ser substituído por óleo mineral, óleo de amêndoas.
Preparo:
Coloque o álcool numa garrafa de vidro de 1 litro e adicione os cravos. Deixe o cravo curtindo no álcool por 4 dias agitando 2 ou mais vezes/dia (de manhã e de tarde). Desta forma, o álcool irá extraindo o óleo essencial do cravo. Após 4 dias acrescente o óleo de bebê. Agite antes de usar.
Função e forma de uso:
Com uma gota em cada braço e pernas, espalhando como se faz com o repelente comercial, os mosquitos serão repelidos.
O óleo de cravo tem a propriedade de repelir também formigas (da cozinha e dos eletrônicos) e até as pulgas dos animais.
Esse repelente evita que o mosquito sugue o sangue humano, e subnutrido, não conseguirá maturar os ovos, realizar a postura, reduzindo com o tempo a sua proliferação. Se toda a comunidade usá-lo, como num mutirão, todos se beneficiarão.
Fonte: http://www.academiaesaude.com.br/?p=17

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